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6.24.2025

Marchas pelo mundo condenam ataques de Israel na Palestina e Irã

Protestos exigem rompimento de relações com Israel, abertura de corredor humanitário em Gaza e fim de ataques contra Irã

por redação do Brasil de Fato – Sociedade e Países que Matam Produzindo Armas

 Manifestação em Sanaa denuncia bombardeios de Israel no Ira e expressa apoio ao povo palestino _ foto Mohammed Huwais. AFP

Milhares de manifestantes tomaram as ruas em diferentes cidades do Brasil e do mundo neste final de semana como parte da Marcha Global para Gaza. Os atos exigem o fim do genocídio promovido por Israel contra o povo palestino e a abertura imediata de corredores humanitários para a entrada de ajuda na Faixa de Gaza. Os ataques de Israel contra o Irã também foram alvo dos protestos. Na capital paulista, o ato reuniu cerca de 30 mil pessoas – segundo organizadores – e teve como principal bandeira a exigência do rompimento das relações diplomáticas e comerciais entre o Brasil e Israel.

Além do Brasil, os atos ocorreram em capitais como Londres (Reino Unido), Paris (França), Istambul (Turquia), Barcelona (Espanha), Bruxelas (Bélgica), Cidade do México, Haia (Holanda), Santiago (Chile), além de países como Guatemala, República Dominicana, Iêmen e Indonésia. Em todos os países as mesmas palavras de ordem: cessar-fogo imediato, fim do bloqueio e da ocupação israelense, e responsabilização internacional pelos crimes cometidos contra o povo palestino.

Desde o início da invasão de Israel, mais de 55 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde da Palestina. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que a grande maioria das pessoas mortas são crianças e mulheres.

As mobilizações acontecem em meio à intensificação dos ataques de Israel ao Irã. Desde sexta-feira (13), bombardeios israelenses atingiram alvos militares e usinas nucleares em território iraniano. Segundo dados oficiais, ao menos 244 pessoas morreram nos últimos quatro dias, 224 no Irã e 20 em Israel, mortos pelos bombardeios de resposta iranianos. Entre os mortos está Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária Islâmica, considerado peça-chave da estrutura de defesa do país.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baqaei, declarou que os ataques representam uma grave ameaça à paz mundial e cobrou posicionamento firme da ONU e de seus estados-membros contra o que chamou de “agressão do regime de ocupação mais maligno”.