A verde e rosa (Escola de Samba Mangueira) surpreendeu o público com
uma contundente crítica a "história oficial" do Brasil e homenageou os
verdadeiros heróis da pátria
por redação de Revista Forum - Sociedade e Carnaval Popular no Brasil Pós-Golpe2016
Foto: Carnavalize
A
Estação Primeira de Mangueira mais uma vez encantou o público da
Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, na madrugada desta terça-feira
(5/março/2018), segundo dia de desfile das escolas de samba do grupo especial.
A agremiação, com o enredo “História pra ninar gente grande”, contou a verdadeira história do Brasil ao homenagear heróis esquecidos como lideranças negras, indígenas e mulheres, como Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada em 2018, e apresentou uma visão crítica de personagens normalmente enaltecidos pelos livros de história, como os bandeirantes.
O segundo carro alegórico, por exemplo, representava uma releitura do
Monumento às Bandeiras, de São Paulo, manchado de sangue, representando
os assassinatos de indígenas encampados pelos bandeirantes, que
normalmente são tidos como heróis e chegam a dar nomes a rodovias.
“Heróis oficiais” como Dom Pedro I, Princesa Isabel e Pedro Álvares
Cabral também foram ironizados e desconstruídos pela comissão de frente.
Entre os “heróis esquecidos” homenageados pela escola, estão, por exemplo, o lendário Sepé Tiaraju, guerreiro indígena que lutou contra a dominação portuguesa e espanhola no Brasil, e mulheres negras do Quilombo dos Palmares, como Acotirene e Dandara.
A homenagem a Marielle Franco, citada no enredo, foi um dos destaques do desfile. O rosto da vereadora e ativista dos direitos humanos foi estampado em bandeiras e faixas na última ala, que contou com a presença, na avenida, do deputado federal Marcelo Freixo e do vereador Tarcísio Motta, ambos do PSOL, partido de Marielle, além da viúva da vereadora, a arquiteta Mônica Benício.
Outro destaque do desfile da verde e rosa foi o carro que representou
os assassinatos e perseguições da ditadura militar, que contou com a
presença da jornalista Hildegard Angel, filha de Zuzu Angel e irmã de
Stuart Angel, ambos assassinados pelo aparelho repressor dos anos de
chumbo. Ela estava em cima de um livro gigante e a frente de um em que
se lia “ditadura assassina”.
A agremiação, com o enredo “História pra ninar gente grande”, contou a verdadeira história do Brasil ao homenagear heróis esquecidos como lideranças negras, indígenas e mulheres, como Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada em 2018, e apresentou uma visão crítica de personagens normalmente enaltecidos pelos livros de história, como os bandeirantes.
Entre os “heróis esquecidos” homenageados pela escola, estão, por exemplo, o lendário Sepé Tiaraju, guerreiro indígena que lutou contra a dominação portuguesa e espanhola no Brasil, e mulheres negras do Quilombo dos Palmares, como Acotirene e Dandara.
A homenagem a Marielle Franco, citada no enredo, foi um dos destaques do desfile. O rosto da vereadora e ativista dos direitos humanos foi estampado em bandeiras e faixas na última ala, que contou com a presença, na avenida, do deputado federal Marcelo Freixo e do vereador Tarcísio Motta, ambos do PSOL, partido de Marielle, além da viúva da vereadora, a arquiteta Mônica Benício.