A pessoa boa e bons momentos, a gente sempre lembra com bondade e alegria.
A pessoas que nos faz maldade, o melhor e perdoa-la, mas não se esquece o que nos fizeram.
Campus Party Recife: aplicativos usam tecnologia a favor de boas causas sociais
Um
aplicativo para ajudar mulheres a sair de relacionamentos abusivos,
outro para alfabetizar crianças com deficiência ou dificuldade de
aprendizagem, um que atua na geração de dados para localizar e prevenir
epidemias. Com temas diferentes, esses projetos têm uma coisa em comum:
usam a tecnologia para ajudar a resolver problemas coletivos, um dos
principais focos da Campus Party Recife.
O evento de inovação e
tecnologia realizado neste fim de semana na capital pernambucana abriu
espaços para atividades que discutem como usar o conhecimento
tecnológico para atuar em causas sociais de diversas áreas. Há também
uma área de exibição de 20 startups – embriões de empresas com
ideias inovadoras em busca de um modelo de negócio viável – na parte
pública do evento, onde também ocorrem palestras gratuitas sobre
empreendedorismo.
Entre os projetos selecionados, alguns buscam
investidores para começar a funcionar e há os que já saíram do papel,
como o aplicativo criado pela empresa Epitrack que usa informações
enviadas por usuários para ajudar na identificação de possíveis focos
epidêmicos de doenças como a dengue e a zika. Área de startups da Campus Party Recife integra a programação pública do evento, que também tem palestras gratuitas “Éramos
um grupo de pesquisa dentro da Fundação Oswaldo Cruz e observamos que o
nosso modelo de juntar tecnologia com saúde pública estava conseguindo
chamar a atenção de outras pessoas que queriam nos contratar. Aí a gente
pensou em formular a Epitrack para oferecer isso de uma maneira mais
escalável para a sociedade”, contou o CEO [Chief Executive Officer, na
sigla em inglês) e cofundador da Epitrack, Onício Leal.
Por meio
do aplicativo, o cidadão fornece informações sobre os sintomas que está
sentindo e informa detalhes para ajudar a localizar a origem do
problema, como viagens ao exterior ou o contato com alguém que estava
doente. O aplicativo registra a localização do usuário, analisa os dados
enviados por milhares de pessoas – epidemiologistas fazem parte da
equipe – e fornece a análise para entes públicos que contrataram o
serviço, como a prefeitura do Recife e o Ministério da Saúde.
Segundo
Leal, o instrumento pode ajudar os gestores a tomar decisões, inclusive
de forma preventiva, já que reúne dados tradicionalmente colhidos em
pesquisas que levam mais tempo para serem realizadas. “A velocidade que a
tecnologia proporciona fazer isso em relação aos meios tradicionais é
muito grande. Então você consegue ter a informação em tempo mais
oportuno, proporcionando uma velocidade maior de resolução daquele
problema social”. No aplicativo, os usuários têm à disposição
orientações sobre saúde e endereços de Unidades de Pronto Atendimento
(UPA) próximas. Acolhimento e informação
Outras
iniciativas apresentadas no evento ainda dependem de financiamento para
começar a funcionar, como o Mete a Colher, que nasceu em um grupo
feminista para auxiliar mulheres a sair de relacionamentos abusivos. O
projeto foi elaborado para estimular vítimas a denunciar violência
doméstica e funciona como uma página no Facebook que une pessoas que
precisam de ajuda àquelas que se dispõem a ajudar.
A intenção
agora é criar um aplicativo de atuação nacional. “Vimos que a
necessidade maior é justamente empoderar mulheres para sair do
relacionamento. Antecipar toda essa cadeia de ajuda, mostrar os caminhos
necessários. Uma mulher que está passando por isso não sabe o que
fazer, quem procurar”, disse uma das idealizadoras do projeto, Thaísa
Queiroz.
O aplicativo feminista pretende oferecer quatro serviços:
atendimento psicológico, assistência jurídica, inserção no mercado de
trabalho e acolhimento emergencial das mulheres para que possam sair de
casa. A tecnologia, nesse caso, vai automatizar um serviço que
atualmente é feito pelas pessoas da equipe.
“Hoje as mulheres
chegam com pedidos de ajuda pela fanpage e a gente faz a conexão com o
nosso banco de dados. É um trabalho manual mesmo, mais limitado. Com o
aplicativo a intenção é que a rede funcione por si só, e funcione de
forma mais rápida e eficaz”, disse Thaísa. O desafio é conseguir os
recursos para tirar a ideia do papel. Para isso o grupo resolveu usar
o financiamento coletivo pela internet.
Já o projeto Sons e Gestos
aposta na conquista de investidores para financiar a criação de um
aplicativo voltado à alfabetização de pessoas com deficiência ou com
dificuldade de aprendizagem. O app está pronto e passa por fase de
validação da tecnologia com pacientes e por meio de um projeto de piloto
em uma escola do Recife. O método usado foi desenvolvido por uma equipe
multidisciplinar que já aplica as técnicas há mais de dez anos de forma
presencial.
“Como a estratégia já é aplicada em jogos físicos, a
ideia é transpor as barreiras das escolas e consultórios e que os alunos
fiquem mais focados para aprender. Por exemplo: a gente testou com um
paciente com autismo que estava muito disperso na hora porque tinha
muita gente na sala. Quando a gente mostrou o aplicativo a ele parece
que o mundo parou e ele ficou concentrado no aplicativo e de primeira já
acertou tudo, ficou repetindo várias vezes”, conta a CEO da T-access,
empresa que desenvolve a ideia, Virgínia Chalegre. http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2016/08/21/campus-party-recife-aplicativos-usam-tecnologia-a-favor-de-causas-sociais/
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