Por Adhemar
T. Vieira Filho
Os primeiros imigrantes quando aqui chegaram,
vindos do outro lado do oceano, sonhavam com cidades prontas, bem organizadas no
século XVIII.
No
início, os municípios eram diferentes, inimaginável para nós, em pleno século
XXI.
Não haviam
ciclovias.
Pequenos
lugarejos surgiram, com caminhos tranquilos, onde os veículos motorizados eram
raridades e as carroças puxadas por cavalos, faziam o movimento do transito
colonial.
E um desses
lugarejos que surgiram foi o de Dona Francisca.
Aos
poucos foi crescendo, dando lugar a cidade de Joinville. Com o passar dos anos,
as pessoas foram trocando o lugar onde morar, muitos saindo da lavoura, outros
vierem de outras cidades.
Ainda
era possível manter as ruas organizadas, o ciclista era respeitado e a pressa
era a inimiga da perfeição.
Os
tempos mudaram, os veículos motorizados se multiplicaram nas vias públicas, mas
as pessoas continuaram a se deslocar de bicicleta, a maioria por necessidade de
trabalhar, outros por motivo de lazer ou simples exercício.
E as
ruas foram pavimentadas, ficaram mais congestionadas e excessivamente rápidas.
Pouco
se olhou ou se fez pela implantação das ciclovias, com algumas exceções.
Hoje
vemos a todo momento ciclistas correndo eminente perigo, na pressa moderna.
A
bicicleta é apontada como uma excelente opção de transporte, por não ser
poluente, mas também é uma boa forma de economia para muitas famílias.
Em
Joinville, por onde já passaram vários governantes, parece não se conseguir
despertar este meio de transporte, para alegria daqueles que são os donos dos
ônibus.
O
turismo é a conversa do momento, com fotos dos ciclistas, decantado em verso e
prosa, divulgando nossa cidade aqui e no exterior.
Gostamos
de nos comparar com cidades européias, se deslocando em cima de uma bicicleta.
Vemos ministros estrangeiros e outras autoridades de outros países pedalando.
A
impressão é que o pessoal daqui tem dificuldades em praticar esporte, ainda
mais de bicicleta, com poucas ciclovias apropriadas na área urbana.
Ao nos
lembrarmos das tímidas ciclovias, que sequer se pensou em melhora-las,
interligando os pontos turísticos deste município, por exemplo, para facilitar
e organizar o dia-a-dia do trânsito tumultuado; notamos sim, a importância dada
pelas autoridades para este meio de transporte, mas somente no faz de conta.
Alguns
já falam até em aventura o fato de pedalar pelas ruas, pois são cada vez mais
rápidas e perigosas.
Como
alcançar este projeto de ciclovias tão necessárias e implantá-las, um dos
caminhos é cobrarmos da gestão municipal, através dos organismos populares, a
valorização das ciclovias, e principalmente do ciclista.
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