- Senadora Vanessa Grazziotin: ‘Retornamos à ditadura, com o Parlamento Fechado para o Povo’
Os manifestantes que chegaram à frente do Congresso em passeata foram
recebidos com bombas de gás lacrimogêneo, sprays de pimenta e
cassetetes pela Polícia Militar e seguranças legislativos. No meio da
confusão uma estudante passou mal. Ainda não foram divulgados dados
sobre prisões prisões ou pessoas que tenham ficado machucadas com a
repressão policial, mas a situação tensa entre manifestantes e policiais
preocupa os senadores. A Polícia Militar empregou a força para impedir
que as pessoas se aproximassem do Congresso e, segundo relatos,
continuou em perseguição a manifestantes pela Esplanada.O acesso às entradas e saídas da Câmara e do Senado estão fechadas desde o início da tarde e restritas a poucos assessores parlamentares. Quem está dentro do Congresso e resolver sair, não consegue retornar para a sessão das duas Casas legislativas hoje. As galerias do Senado estão vazias em pleno dia de sessão plenária.
Diálogo dos golpistas
“Isso é um absurdo. Basta a gente circular pelos corredores do Senado, chegar numa das vidraças, para vermos as bombas de gás lacrimogêneo e os cassetetes lá fora. Não é desta forma que se trata o povo”, protestou Lindbergh Farias (PT-RJ). O senador disse que a prática é “a forma de dialogar dos golpistas” e fez vários apelos à mesa diretora para autorizar a entrada dos manifestantes.O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), argumentou que não se vê em condições de liberar a entrada dos manifestantes. “Diante do que já aconteceu e do que está chegando até nós sobre o que há lá fora, não temos clima para fazer a abertura das galerias neste momento”, justificou-se.
“Retornamos à época da ditadura, em que o parlamento é vetado para o povo. Se por acaso isso é medo de que o povo saiba o que representa essa PEC, não vai adiantar. Os que estão lá fora já sabem e os que estão em suas casas, nos assistindo pela TV, eu digo agora: essa PEC é danosa para o país, vai prejudicar nossas vidas por 20 anos”, destacou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). “É uma matéria muito grave para ser decidida, porque vai acabar com os gastos sociais. É isso que este governo ilegítimo não quer que seja propagado.”
http://www.sul21.com.br/jornal/retornamos-a-ditadura-com-o-parlamento-fechado-para-o-povo-diz-senadora/
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