CGU: cooperação entre países precisa ser rápida para combater corrupção
O
ministro da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União
(CGU), Torquato Jardim, disse nesta segunda-feira que a sofisticação dos
meios de corrupção implicam em uma cooperação administrativa muito
intensa e muito rápida por parte dos países. “Não adianta usar meios
tradicionais quando as operações são instantâneas. Em questão de
segundos os recursos saem de um país para um paraíso fiscal, e depois
para um segundo paraíso fiscal e desaparecem”, disse, sobre a
necessidade de se criarem mecanismos operacionais em meios eletrônicos
contra a corrupção na velocidade do mercado financeiro.
– Qualquer
tentativa de conter o crime (…) que seja mais lenta que a velocidade do
crime está fadada ao fracasso. Tem que ser tão rápido quanto,
compartilhar a base de dados e conhecimentos mútuos de quem está
participando desse sistema – disse o ministro.
Segundo
Jardim, há um consenso internacional de que a experiência brasileira de
combate à corrupção é muito rica e não pode ser perdida. Entretanto, há
países que se dispõem a colaborar com o Brasil. Mas não veem na lei
brasileira uma garantia de que não haverá quebra de sigilo de documento.
Ou que haverá, na hipótese de quebra de sigilo, uma sanção legal forte
que desestimule a quebra do segredo.
O Brasil já
subscreveu acordos de cooperação internacional contra corrupção,
corredigida pela CGU. Ministério Público Federal (MPF) e Advocacia-Geral
da União (AGU). “Já há dessas três agências, no
plano internacional. Esse compromisso de participação, falta agora o passo operacional”. Explicou sobre os mecanismos que os países estrangeiros precisam para transacionar livremente com o poder executivo brasileiro.
CGU Apresentou Guia de Gooperação Internacionalplano internacional. Esse compromisso de participação, falta agora o passo operacional”. Explicou sobre os mecanismos que os países estrangeiros precisam para transacionar livremente com o poder executivo brasileiro.
Para isso, foi apresentado um guia sobre solicitação de cooperação internacional em procedimentos não-criminais relativos à corrupção. Que foi desenvolvido pelo Brasil. Segundo o diretor de integridade e cooperação internacional da CGU. Renato Capanema, o guia é uma tentativa do G20 (grupo das 20 maiores economias nacionais do planeta, mais a União Europeia) de aumentar a cooperação internacional com procedimentos civis e administrativos, já que hoje a cooperação internacional tradicional está baseada em casos criminais.
– Então
estamos fazendo esse movimento no G20 para entender se esses países
estão de fato abertos a essa cooperação, e do ponto de vista prático,
como se faz um pedido de cooperação com países do G20, quais os
critérios, quais departamentos procurar, até para dar previsibilidade e
confiança à relação. Tudo isso estará no guia para orientar os países
para efetivar as cooperações – explicou Capanema.
O
seminário foi organizado pela Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pelos co-presidentes do Grupo de
Trabalho Anticorrupção do G20, Brasil e Alemanha, e antecede um encontro
do grupo para discutir mecanismos internacionais de combate à
corrupção.
http://www.correiodobrasil.com.br/cgu-cooperacao-entre-paises-precisa-ser-rapida-para-combater-corrupcao/
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