Apenas os desempregados somam 14,2 milhões no primeiro trimestre. Situação atinge em especial mais jovens, negros e mulheres
por redação Rede Brasil Atual - Sociedade e Empregabilidade no Brasil
Foto de Valdecir Galor/SMCS
Taxa de desemprego aumentou no primeiro trimestre, atingindo índice recorde
A taxa de desemprego no Brasil (13,7%), medida pelo IBGE, subiu em todas as regiões no primeiro trimestre. Somada ao que o instituto chama de subutilização da força de trabalho e a mão de obra potencial, o índice sobe para 24,1%, correspondente a 26,5 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Essa taxa era de 19,3% em igual período de 2016 e de 22,2% no último trimestre do ano passado. Apenas os desempregados somam 14,2 milhões.
Os subocupados por insuficiência de horas são aqueles que têm jornada menor de 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar em período maior. Esses somam 5,3 milhões de pessoas. E a força de trabalho potencial compreende os que gostariam de trabalhar, mas não procuraram ou não estavam disponíveis para trabalhar, compreendem 21,3 milhões. Nos dois casos, a taxa aumentou no primeiro trimestre, assim como a de desemprego, que é recorde.
Com média nacional de 13,7%, o desemprego atinge
16,3% na região Nordeste. Subiu para 14,2% tanto no Norte como no
Sudeste, e para 12% no Centro-Oeste. A menor taxa, embora também com
elevação, é a da região Sul (9,3%). Entre as unidades da federação,
varia de 7,9% (Santa Catarina) a 18,6% (Bahia). Em São Paulo, é de
14,2%.
Em três regiões, o rendimento ficou acima da média
nacional, de R$ 2.110: Sudeste (R$ 2.425), Centro-Oeste (R$ 2.355) e Sul
(R$ 2.281). E abaixo no Norte (R$ 1.602) e no Nordeste (R$ 1.449). Mas
nessas duas últimas o IBGE registrou variação positiva em relação ao
quarto trimestre do ano passado, com estabilidade nas demais.
A taxa de desemprego segue maior para jovens de 18 a
24 anos (28,8%). Isso acontece em todas as regiões, oscilando entre
19,1% (Sul) e 32,9% (Nordeste).
Também aumentou a participação de negros entre os
desempregados. De quase 14,2 milhões de pessoas nessa situação no
primeiro trimestre, os pardos (na classificação do IBGE) eram mais da
metade (52,1%), os brancos representavam 35,7% e os pretos, 11,5%. As
mulheres eram 50,6%.
http://www.redebrasilatual.com.br/economia/2017/05/desemprego-que-sobe-em-todas-as-regioes-e-subocupacao-atingem-26-5-milhoes
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