A privatização do setor elétrico no Brasil, encaminhada de forma apressada pelo
governo golpista, será útil para ajudar a resolver os problemas das
multinacionais do setor e dos grupos que vão ganhar dinheiro com a privataria
por Pepe Escobar para sites
Império do Caos e Instituto H. Unisinos - Sociedade
e Golpe 2016
Mais de 70% da população rejeitam privatização da empresa e do controle
sobre rios brasileiros. Por isso, governo quer completar o serviço antes de
qualquer reação popular.
A privatização da Eletrobrás, longe de ser um raio em céu
azul, deve ser compreendida dentro do processo político que está se
desenvolvendo no país em termos gerais. O país sofreu um golpe, que está
mudando profundamente a relação do Estado com a sociedade. Em dois anos
destruíram a legislação trabalhista, restringiram a democracia, aumentaram a pobreza e a fome, entregaram o pré-sal e transformaram em poeira a
soberania nacional. O catálogo de maldades contra a população e contra o país
está sendo encaminhado de forma muito veloz, exatamente para dificultar a
reação da sociedade. Se nós brasileiros não conseguirmos reagir à altura da
gravidade da situação, implantarão todo o seu programa, promovendo a maior
expansão da miséria, já assistida no país. O golpe traz muitos riscos, de
várias naturezas, inclusive de convulsão social. Eles sabem disso: é que a
crise sem precedentes do capitalismo ao nível mundial, exige que tomem
iniciativas arriscadas.
A privatização do setor elétrico no Brasil, encaminhada de forma
apressada pelo governo golpista, será útil para ajudar a resolver os problemas
das multinacionais do setor e dos grupos que vão ganhar dinheiro com a
privataria, que caracteriza sempre os processos de privatização em todo o
mundo. Pretendem privatizar o sistema elétrico brasileiro porque ele é filé mignon e proporcionará muitos
lucros aos grupos econômicos que o arrematarem a preço de banana.
A Eletrobras é o maior sistema elétrico da América Latina e a 6ª maior
estatal de energia do mundo, compreendendo 239 usinas de geração de energia
(31% da capacidade de geração do Brasil, com
47 GW), sendo que 94% da
capacidade de geração vem de fontes de energia limpa. O sistema tem ainda 70 mil
quilômetros de linhas de transmissão (ou seja, 47% de tudo o que o país dispõe)
e 6 distribuidoras (que atendem a 6,3 milhões de clientes, com 258 mil km de rede).
É composto
também por 14 empresas subsidiárias; uma empresa de participações (Eletropar); um Centro de Pesquisas (CEPEL) –
único no Brasil e um dos principais do
mundo; 50% do capital social da Itaipu Binacional.
Além de participações relevantes em projetos estruturantes de caráter estratégico
e nacional, tais como Usina Hidrelétrica de Belo Monte, Jirau, Santo
Antônio e Teles Pires, entre outros. Além de ser um
sistema estratégico para o país sob todos os pontos de vistas, é um verdadeiro
tesouro como fonte de receita e, em condições normais, só dá prejuízo mediante
corrupção ou grande incompetência gerencial.
Ver artigo
completo em http://www.ihu.unisinos.br/images/ihu/2018/04/13_04_contra_privatizacao_eletrobras_foto_pcdobnacamara_flickr_cc.jpg
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