O povo precisa ir às ruas lutar
por emprego, educação, saúde e em defesa da soberania nacional. Assim, será
construída a unidade política de forças populares e setores empresariais que
ainda queiram defender o país e não apenas seus bolsos
na Folha de São Paulo – Sociedade e Saída para a Crise Histórica Brasileira Globalizada
Imagem na
internet
O
Brasil vive uma crise profunda. A estagnação da economia, decorrente da
dependência do capitalismo mundial, impôs uma grave crise social. Mais
desemprego, perda de direitos, precarização e achatamento salarial. Essa
situação resultou na atual crise política, em que o governo não representa os
interesses da maioria do povo e da nação.
O
grande capital quer se proteger da crise e implementa diversas medidas para
salvar as grandes empresas e o capital financeiro. Apropriação de bens da
natureza (petróleo, minérios, energia, água e biodiversidade) para obter uma
renda extraordinária. Corte dos direitos trabalhistas para aumentar sua taxa de
lucro. Privatização de 133 empresas que dão muito lucro. Transformação do
direito à educação e à saúde em mercadoria. Subordinação ainda maior do nosso
destino ao capital dos Estados Unidos.
Para
levar adiante esse plano, somente com um governo de extrema-direita. Para
elegê-lo, tiveram que prender arbitrária e injustamente o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), favorito na disputa.
Agora,
vem à tona os crimes da dupla de Curitiba que usou o apoio da mídia à Operação
Lava Jato para se locupletar com benefícios pessoais. E só conseguiram eleger o
capitão com mentiras nas redes sociais, com apoio de robôs do exterior.
A
situação do país está piorando, em todos os sentidos. Sem investimentos
produtivos, a estagnação seguirá por muitos anos, segundo economistas de todas
as correntes.
A
concentração ainda maior da renda e da riqueza impede o aumento da demanda e do
consumo. Apenas os seis maiores capitalistas do Brasil ganham mais do que a
soma da renda de 120 milhões de brasileiros. Os bancos, por sua vez, nunca
lucraram tanto.
A
crise ambiental se aprofundou com as políticas de desmonte dos órgãos
ambientais, os crimes dos madeireiros, a expansão do agronegócio e das
mineradoras, especialmente na Amazônia.
Não
há futuro com este governo e seu plano para tirar o grande capital da crise. A
verdadeira saída é construir um programa de desenvolvimento baseado na
reindustrialização, no controle dos bancos, no investimento na produção, na
agricultura de alimentos e no mercado interno. As empresas públicas, como
Petrobras, Eletrobras e Correios, devem ser defendidas para elevar os
investimentos e sustentar um novo ciclo de crescimento, emprego e distribuição
de renda.
Os
militares que se diziam nacionalistas e defensores do povo estranhamente
silenciam. Devem estar envergonhados do capitão que apoiaram. O Poder
Judiciário, omisso ou conivente, deveria cumprir a Constituição Federal, agir
imparcialmente e soltar Lula da prisão.
O
povo precisa ir às ruas lutar por emprego, educação, saúde e em defesa da
soberania nacional. Assim, será construída a unidade política de forças
populares e setores empresariais que ainda queiram defender o país e não apenas
seus bolsos.
Ainda
estamos longe de uma solução. A burguesia tem sido surda e burra. O governo é
irresponsável e continua com maluquices. E o povo ainda não se mexeu.
No
entanto, essas contradições vão se agravar. Quanto mais tempo demorar, mais
dolorida será a solução.
https://www1.folha.uol.com.br/ opiniao/2019/09/uma-crise- grave-e-sem-saida-a-vista. shtml?utm_source=whatsapp&utm_ medium=social&utm_campaign= compwa
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O comentário será analisado para eventual publicação no blog