Depois do “choque” de
sexta-feira, com as perspectivas nada confortadoras que vem de fora e a
incerteza inquietante daqui de dentro, a turma das verdinhas fincou o pé e
segurou o Banco Central numa posição vendedora
por Jose de Castro
no Valor e Fernando Brito no Tijolaço – Sociedade e Economia
Pública no Brasil
Figura da Internet
"Reportagem de José de
Castro, no Valor, dá números espantosos à derrama de dólares feita pelo Banco
Central para deter a disparada da moeda norte-americana. Traduzindo o valor de
US$ 38,62 bilhões representa, em dinheiro brasileiro, oferecer garantias em dólar
a nada menos que R$ 144 bilhões", diz Fernando Brito, do Tijolaço
Reportagem
de José de Castro, no Valor, dá
números espantosos à derrama de dólares feita pelo Banco Central para deter a
disparada da moeda norte-americana.
Traduzindo
o valor de US$ 38,62 bilhões representa, em dinheiro brasileiro, oferecer
garantias em dólar a nada menos que R$ 144 bilhões.
É mais
que o orçamento federal para a Saúde em todo o ano de 2018, R$ 120 bi.
Com o
dólar em alta, isso gera prejuízos ao BC, que contabilizou, nestas operações,
no mês passado, R$ 6,9 bilhões. Como , depois de injetar, na segunda quinzena
de maio e na primeira semana de junho, US$ 14 bi no mercado de câmbio, o banco
anuncia que vai “dobrar a meta” e oferecer mais US$ 24 bilhões, tudo indica que
o prejuízo crescerá em ritmo semelhante.
Desde
2002, quando começou a usar os swaps como instrumento de atuação no mercado
de câmbio, o BC nunca colocou tantos contratos para esse mesmo intervalo
de tempo.
Entre 14
de maio e 7 de junho, o BC injetou no mercado futuro de dólar o equivalente a
US$ 14,117 bilhões via swaps. Na semana passada, a autoridade monetária
prometeu oferecer ao mercado pelo menos mais US$ 24,5 bilhões entre os dias 8 e
15 de junho. Isso daria um total de US$ 38,617 bilhões a mais em dólares
num período de 24 dias úteis, período em que o BC retomou as vendas líquidas de
swap.
Este é um
valor que bem merece ser definido, como se disse aqui, lançado à fogueira da
especulação como “nunca antes na história deste país”, como registra o repórter
do Valor:
Nem em
2008, na esteira da crise financeira de 2008; nem em 2013, ano do Taper
Tantrum; nem em 2015, quando o dólar disparou com uma onda de venda de ativos
no Brasil; e nem em maio do ano passado, com as delações da JBS. A reação do
dólar hoje dá uma ideia do tamanho do desafio do BC de controlar a volatilidade
cambial. Mesmo depois de tervendido, apenas nesta segunda-feira, US$ 2,5
bilhões em swaps, a moeda americana voltou a subir, fechando a sessão em alta
de 0,45%, a R$ 3,7242.
Ou seja,
depois do “choque” de sexta-feira, com as perspectivas nada confortadoras que
vem de fora e a incerteza inquietante daqui de dentro, a turma das verdinhas
fincou o pé e segurou o Banco Central numa posição vendedora.
Mas, como
o “patrão ficou maluco”, a ordem é de queima total.
https://www.brasil247.com/pt/247/economia/358070/Tijola%C3%A7o-a-derrama-de-d%C3%B3lares-do-BC-%C3%A9-%E2%80%9Cnunca-antes-na-hist%C3%B3ria-deste-pa%C3%ADs%E2%80%9D.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O comentário será analisado para eventual publicação no blog