A reforma da
Previdência já tem preço: R$ 10 milhões por deputado; é o dinheiro que cada um
terá à sua disposição para despejar em obras e repasses federais de seu
interesse; a revelação é do colunista Bernardo Mello Franco em seu
blog; mas o preço será ainda maior para o governo tentar aprovar sua reforma:
haverá distribuição de cargos de segundo e terceiro escalão; a porteira
está aberta
por
redação do Brasil 24/7 e blog
Bernardo Mello – Sociedade e Autoridades Sem Rumo no Brasil
Negociação da reforma da
previdência com a Câmara Federal
A reforma
da Previdência já tem preço: R$ 10 milhões por deputado. É o dinheiro que cada
um terá à sua disposição para despejar em obras e repasses federais de seu
interesse. A revelação é do colunista Bernardo Mello Franco em seu blog. Mas o preço será
ainda maior para o governo tentar aprovar sua reforma. Haverá distribuição
de cargos de segundo e terceiro escalão. "Apesar do discurso oficial
contra o 'toma lá, dá cá', a Casa Civil tem indicado disposição de
negociar", informou Franco. A porteira está aberta.
A quota
de R$ 10 milhões é para parlamentares reeleitos. Os iniciantes terão que se
contentar com R$ 7,5 milhões. A conta, no total, poderá superar os R$ 500
milhões, sem contar as nomeações. A interrogação sobre as nomeações é se elas
obedecerão a praxe estabelecida pelo esquema do clã Bolsonaro na Assembleia
Legislativa do Rio, coordenado por Fabrício Queiroz, de arrecadação de parte
das remunerações dos nomeados para compor o caixa da família de Jair, Flávio,
Eduardo e Carlos.
O cenário
na cúpula do governo ontem, era quase de desolação: "Depois da eleição, o
ministro Paulo Guedes disse que bastaria dar uma “prensa” no Congresso para
aprovar a reforma da Previdência. Se alguém no governo ainda acreditava nisso,
ontem foi o dia de cair na real", escreveu Franco.
"O
projeto entregue por Jair Bolsonaro foi recebido com frieza", acrescentou
o jornalista, indicando que o centrão está afiando as facas:
"Parlamentares da bancada governista deixaram claro que vão aproveitar o
momento para forçar um acerto de contas com o Planalto".
"Nas
palavras de um senador tucano, o presidente pensou que conseguiria tratar o
Congresso como um quartel. Agora será pressionado a dividir poder, fazer
concessões e reabrir o balcão de negócios". Assim caminhará a reforma e o
governo na selva parlamentar.
https://www.brasil247.com/pt/247/poder/384595/Para-votar-reforma-centr%C3%A3o-quer-acerto-de-at%C3%A9-R$-10-milh%C3%B5es-por-deputado.htm
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