Golpe
2016 contra Dilma Rousseff e as consequências econômicas da Lava Jato fizeram
com que as principais construtoras do país encolhessem 85% nos últimos três
anos; receita líquida das sete maiores empresas nacionais do setor de
construção civil passou de R$ 71 bilhões para R$ 10,6 bilhões, apenas entre
2015 e 2018
por redação do portal Brasil 24/7 - Sociedade e Lutas Populares Contra a Corrupção no Brasil
Lava jato e golpe 2016 quebraram
grandes empreiteiras no Brasil. Foto brasil 24/7
O golpe contra a presidente Dilma
Rousseff e as consequências econômicas da Lava Jato fizeram com que as
principais construtoras do país encolhessem drasticamente nos últimos três
anos. Entre 2015 e 2018, empresas como Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo
Corrêa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, UTC Engenharia e Constran, viram sua
receita líquida despencar 85%, passando de R$ 71 bilhões para R$ 10,6 bilhões, segundo reportagem do jornal Valor Econômico.
As
receitas também foram afetadas pela redução dos investimentos em infraestrutura
e pela crise econômica, que levou à paralisação de projetos e políticas para o
setor. A crise no setor resultou na
demissão de mais de 1 milhão de trabalhadores das grandes construtoras entre
2014 e 2019, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Construção
Pesada e Infraestrutura (Sinicon). Neste período, o país perdeu 2,6 milhões
de postos formais de trabalho e o setor de empreiteiras respondeu por quase 40%
do fechamento de vagas.
Ainda
conforme o Sinicon, o governo federal reduziu os investimentos, que chegaram a
mais de R$ 100 bilhões em 2014, para R$ 53,7 bi no ano passado. Com a redução
destes investimentos, as empresas de diversos setores ficaram expostas e as
primeiras a sentirem o baque foram as que possuíam contratos junto à Petrobrás.
"Em 2015, a estatal simplesmente suspendeu o pagamento às construtoras, de
obras já então realizadas, diante das revelações da Lava-Jato e da própria
crise da petroleira", destaca a reportagem.
Construtoras
como UTC, Galvão Engenharia, OAS, entre outras, tiveram que renegociar dívidas
ou ingressar com pedidos de recuperação judicial, antes mesmo de firmaram
acordos de leniência devido às investigações da Lava Jato. Especialustas,
porém, questionam o modelo dos acordos resultantes da leniência. Em outros
países o comando das empresas nesta situação costuma ser trocada rapidamente,
enquanto que no Brasil o controle permaneceu praticamente intocado, o que eleva
a desconfiança sobre os negócios.
https://www.brasil247.com/economia/golpe-e-lava-jato-quebraram-a-economia-e-construtoras-encolhem-85-em-3-anos
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