Portanto,
o saco da classe média (paciência) –que vê (entende a situação), começa beijar
a miséria na lona– já encheu e está prestes a explodir. Nesse contexto, sim, o impeachment ganha a força.
Quanto ao golpe, ora, o povo nunca participa: só leva porrada dos milicos...
por Esmael
Morais em seu blog – Sociedade e Luta
Popular por Democracia Social
Figura na internet
O
jornalista Reinaldo Azevedo, da Folha e da BandNews, afirmou nesta terça (10/març)
que a desgraceira na economia aproxima o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) do impeachment e,
paradoxalmente, com a possibilidade de mais um golpe de Estado (o último aconteceu em 2016).
Azevedo
teve a coragem de confessar o que os demais jornalistas ainda não tiveram: o
cometimento de crime de responsabilidade pelo presidente da República, por si
só, não é suficiente para derrubá-lo. As condições econômicas deploráveis é que
definem se o governante cai ou não.
O
colunista da Folha lembrou que Dilma Rousseff (PT) não perdeu o mandato pelas
pedaladas fiscais, mas pela degringolada geral na economia.
Eu
acrescentaria: o mesmo ocorreu com Fernando Collor de Mello, vinte e quatro
anos antes.
Dilma
deixou-se encantar pelo neoliberalismo no segundo mandato, por isso ela foi
para casa antes do apito final.
Michel
Temer (MDB) retomou o projeto antipovo, às custas de se tornar o presidente mais
odiado do mundo e pegar alguns dias de cadeia.
Bolsonaro,
agora, com a assistência de Paulo Guedes, tenta acelerar a entrega do país e
aprofundar o fosso entre pobres e ricos. E o que é pior: essa quebradeira na
bolsa e a alta do dólar, reservadas proporções, é comparável ao confisco na
poupança da sociedade no início da década de 1990.
Para
muitos brasileiros, que acreditaram no “Posto Ipiranga” (ou parasita Ipiranga),
o Brasil tinha se tornado o porto seguro para as suas economias pessoais.
Muitos
cidadãos de boa-fé sacaram sua rescisão, após perder o emprego com carteira
assinada, aplicaram-na nessas corretoras financeiras da vida e foram trabalhar
no UBER. Hoje estão desesperados com o confisco da dupla Bolsonaro-Guedes, que
lhes prometeram o céu e estão entregando o inferno sem correção monetária.
Volto à coluna de Reinaldo
Azevedo.
Só na
segunda-feira (9/març), em apenas um dia, a perda na bolsa foi de R$ 431
bilhões. Essa soma é maior que os orçamentos da saúde (R$ 125,6 bilhões) e da
educação (R$ 103,1 bilhões) –prioridade do governo. Nos primeiros dois meses do
ano de 2020, as perdas chegam a R$ 1 trilhão.
Para
conter a pirâmide financeira, o Banco Central, isto é o governo, isto é nós,
estamos torrando US$ 40 bilhões (cerca de R$ 200 bilhões) e alegrando felizes
especuladores de alguma parte do planeta.
Portanto,
o saco da classe média (paciência) –que vê, começa beijar a miséria na lona– já
encheu e está prestes a explodir. Nesse contexto, sim, o impeachment ganha a força.
Quanto ao
golpe, ora, o povo nunca participa:
só leva porrada dos milicos.
Fonte: https://www.esmaelmorais.com.br/2020/03/reinaldo-azevedo-preve-duelo-entre-impeachment-x-golpe/
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