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9.18.2013

O Ciclista que Sonha com a Ciclovia



 Por Adhemar T. Vieira Filho                                 
Os primeiros imigrantes quando aqui chegaram, vindos do outro lado do oceano, sonhavam com cidades prontas, bem organizadas no século XVIII.
No início, os municípios eram diferentes, inimaginável para nós, em pleno século XXI.
Não haviam ciclovias.
Pequenos lugarejos surgiram, com caminhos tranquilos, onde os veículos motorizados eram raridades e as carroças puxadas por cavalos, faziam o movimento do transito colonial.
E um desses lugarejos que surgiram foi o de Dona Francisca.
Aos poucos foi crescendo, dando lugar a cidade de Joinville. Com o passar dos anos, as pessoas foram trocando o lugar onde morar, muitos saindo da lavoura, outros vierem de outras cidades.
Ainda era possível manter as ruas organizadas, o ciclista era respeitado e a pressa era a inimiga da perfeição.
Os tempos mudaram, os veículos motorizados se multiplicaram nas vias públicas, mas as pessoas continuaram a se deslocar de bicicleta, a maioria por necessidade de trabalhar, outros por motivo de lazer ou simples exercício.



E as ruas foram pavimentadas, ficaram mais congestionadas e excessivamente rápidas.
Pouco se olhou ou se fez pela implantação das ciclovias, com algumas exceções.
Hoje vemos a todo momento ciclistas correndo eminente perigo, na pressa moderna.
A bicicleta é apontada como uma excelente opção de transporte, por não ser poluente, mas também é uma boa forma de economia para muitas famílias.
Em Joinville, por onde já passaram vários governantes, parece não se conseguir despertar este meio de transporte, para alegria daqueles que são os donos dos ônibus.
O turismo é a conversa do momento, com fotos dos ciclistas, decantado em verso e prosa, divulgando nossa cidade aqui e no exterior.
Gostamos de nos comparar com cidades européias, se deslocando em cima de uma bicicleta. Vemos ministros estrangeiros e outras autoridades de outros países pedalando.
A impressão é que o pessoal daqui tem dificuldades em praticar esporte, ainda mais de bicicleta, com poucas ciclovias apropriadas na área urbana.
Ao nos lembrarmos das tímidas ciclovias, que sequer se pensou em melhora-las, interligando os pontos turísticos deste município, por exemplo, para facilitar e organizar o dia-a-dia do trânsito tumultuado; notamos sim, a importância dada pelas autoridades para este meio de transporte, mas somente no faz de conta.
Alguns já falam até em aventura o fato de pedalar pelas ruas, pois são cada vez mais rápidas e perigosas.
Como alcançar este projeto de ciclovias tão necessárias e implantá-las, um dos caminhos é cobrarmos da gestão municipal, através dos organismos populares, a valorização das ciclovias, e principalmente do ciclista.