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12.11.2016

Estudo concluiu que jogador brasileiro vive instabilidade e ganha pouco

  • O Relatório Global de Emprego da FIFPro convidou os jogadores a responderem a 23 perguntas, abordando diversos temas

por Agência Estado para jornal Futebol Interior - Sociedade e Futebol no Brasil

Distante das principais estrelas, a grande maioria dos jogadores de futebol no Brasil vive uma situação de vulnerabilidade, salários baixos e até ameaças. Isso é o que revela um levantamento recém-concluído da Federação Internacional dos Futebolistas Profissionais (FIFPro). O estudo envolveu entrevistas com quase 14 mil atletas pelo mundo e mostra que, se a indústria do futebol movimenta bilhões e enriquece cartolas, milhares de seus principais atores - os atletas - vivem à sombra desse cenário de riqueza, glamour e luxo.
Para realizar o maior levantamento já realizado em âmbito mundial sobre a real situação dos jogadores de futebol, o sindicato contou com a ajuda especialistas da Universidade de Manchester, na Inglaterra.
O Relatório Global de Emprego da FIFPro convidou os jogadores a responderem a 23 perguntas, abordando temas como salários, contratos, transferências, treinamento, fixação de correspondências, violência, segurança no trabalho, saúde, bem-estar e educação.
No caso dos dados referentes ao Brasil, eles foram coletados a partir de uma pesquisa inicial com cerca de 105 jogadores profissionais espalhados por clubes de todo o País.
O levantamento concluiu que, em média, 52% dos atletas nacionais sofreram atrasos no pagamento de seus salários nos últimos dois anos, um índice bastante alto. No lado B do futebol brasileiro e longe da realidade de astros como Neymar, já independente financeiramente aos 24 anos, a ampla maioria dos jogadores - 83,3% - ganha menos de US$ 1 mil (R$ 3,5 mil) por mês. Muitos deles, segundo a pesquisa, precisam dividir seu tempo entre o futebol e outros empregos que possam ajudar a complementar a renda. Apenas 1,1% dos jogadores profissionais do Brasil recebem um salário maior que R$ 50 mil.
Levando-se em consideração os dados da CPI do Futebol no Senado, encerrada nesta semana sem pedir punição para nenhum dirigente do futebol brasileiro, pode-se concluir que o que José Maria Marin e Ricardo Teixeira, dois ex-presidentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ganharam em salários apenas como presidentes do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 (cerca de R$ 11 milhões) seria suficiente para bancar dez clubes durante um ano inteiro.
INCERTEZA
A instabilidade é outra marca dos atletas de futebol no Brasil. Na pesquisa realizada em 54 países e com jogadores que atuam em 87 ligas na Europa, Américas e África, os brasileiros são os que têm em média os contratos mais curtos, de apenas 11 meses. E 47% deles sequer têm uma cópia de seu contrato de trabalho.
A vulnerabilidade ainda é reforçada pela alta taxa de jogadores que afirmam ter sido alvos de algum tipo de ameaça. Segundo a pesquisa, 29% dos que atuam no futebol brasileiro disseram que foram vítimas de ameaças físicas por parte de torcedores e mesmo treinadores.
Os dados nacionais, em muitas ocasiões, são ainda mais dramáticos que a média mundial. Segundo o estudo, mais da metade dos jogadores brasileiros registrou atrasos em seus pagamentos - a taxa internacional é de 40%. As ameaças contra os brasileiros ainda seriam quase três vezes superiores à média mundial, de apenas 10%.
PREOCUPAÇÃO
O lado B do futebol mundial também preocupa o sindicato. "Não podemos aceitar esta situação", comentou o secretário-geral da FIFPro, Theo van Seggelen.
Segundo ele, a média de salários no esporte oscila entre US$ 1 mil (R$ 3,5 mil) e US$ 2 mil (R$ 7 mil) por mês. "Nem todos os jogadores têm três carros de cores diferentes. São seres humanos normais, que merecem ser pagos a tempo e hora, porque também têm filhos e contas para pagar", alerta Van Seggelen.
Apenas 2% dos jogadores têm vencimentos acima de US$ 750 mil (R$ 2,6 milhões) por ano, patamar considerado como a fronteira entre os atletas da pequena elite mundial do esporte o restante dos milhares de profissionais. "Essa é a realidade de nossa indústria do futebol, que é completamente diferente do que a maioria dos torcedores pensam", afirmou o secretário-geral da FIFPro.
http://www.futebolinterior.com.br/futebol/3/noticias/2016-12/Estudo-aponta-que-jogador-brasileiro-vive-instabilidade-e-ganha-mal

Internet aparece em pesquisa como principal fonte de informação dos brasileiros


A soma de portais (28%), jornais online (26%) e redes sociais (14%) deixa a TV em segundo lugar nesse ranking, com 22%. O rádio tem 4% da atenção dos brasileiros, os jornais 3% e as revistas impressas apenas 1%.

Foram ouvidas 1.111 pessoas em todo país em novembro/2016.

http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/269893/Internet-%C3%A9-a-principal-fonte-de-informa%C3%A7%C3%A3o-para-68-dos-brasileiros.htm

Segundo CIA, Hackers Russos Orientados por Putin Ajudaram Trump a Vencer

'Acusação de interferência russa é ridícula', diz Trump

Magnata negou declaração da CIA de que Moscou o teria ajudado


por Agência ANSA para Jornal do Brasil - Sociedade e Eleições nos EUA
"Não acredito nisso, é ridículo", afirmou o magnata republicano ao ser entrevistado pela emissora FOX. Ontem, a CIA anunciou ter chegado à conclusão de que o governo russo, que nunca escondeu sua preferência pela eleição de Trump, ajudou-o a derrotar a democrata Hillary Clinton nas eleições de 8 de novembro.
De acordo com a agência de inteligência e segurança dos Estados Unidos, hackers russos teriam invadido e vazado propositalmente e-mails e documentos de campanha de Hillary, além de fornecê-los ao site WikiLeaks.
'Acusação de interferência russa é ridícula', diz Trump'Acusação de interferência russa é ridícula', diz Trump
Trump, por sua vez, acusou os democratas de mentirem sobre essas conclusões da CIA e usarem esse discurso de interferência russa apenas para justificarem a derrota de Hillary, que era a favorita durante as campanhas eleitorais.
O magnata também disse que "não se opõe" à decisão do atual presidente, Barack Obama, de investigar os ataques cibernéticos, mas que "não deveria investigar somente a Rússia, e sim, outros países e indivíduos".
http://www.jb.com.br/internacional/noticias/2016/12/11/acusacao-de-interferencia-russa-e-ridicula-diz-trump/

O Partido dos Trabalhadores e Aliados Só Crescerão Novamente se Mudarem suas Ações

  • É possível o PT e alidados se refazerem a partir das bases

por Leonardo Boff, para Jornal do Brasil - Sociedade e Política Honesta
Creio que aqui se mostra um exemplo, que já dura 21 anos, de como o PT, imerso em crise, pode oxigenar suas raízes e retomar sua caminhada. Há ideias e valores que informam as práticas, seja no sentido secular, seja no sentido popular, como expressão da democracia, o sonho de todos, se construindo na história. Em encontros como estes não há desalento mas alegria pela luta junto ao povo. O que se faz em Minas deveria ser feito em todas as bases do PT pelo Brasil afora. Aí sim haveria uma retomada de um projeto de povo e de nação soberana com ética e paixão.
Agrego a este meu testemunho, a reflexão  critica e pertinente de Frei Betto no artigo que escreveu “A hora da auto-crítica”.
“Continuo a fazer coro com o "Fora Temer" e a denunciar a usurpação do vice de Dilma como golpe parlamentar e juridico. Porém, as forças políticas progressistas, que deram vitória ao PT em quatro eleições presidenciais, devem fazer autocrítica.
Não resta dúvida de que os 13 anos do governo do PT foram um dos melhores de nossa história republicana. Não para o FMI e para os grandes corruptores, atingidos pela autonomia do Ministério Público e da Polícia Federal; nem para os interesses dos EUA, que podem ser afetados por uma política externa independente; nem para os que defendem o financiamento de campanhas eleitorais por empresas e bancos; nem para os invasores de terras indígenas e quilombolas.
Os últimos 13 anos foram um dos melhores para 45 milhões de brasileiros que, beneficiados pelos programas sociais, saíram da miséria; para quem recebe salário mínimo, anualmente corrigido acima da inflação; para os que tiveram acesso à universidade, graças ao sistema de cotas, ao ProUni e ao Fies; para o mercado interno, fortalecido pelo combate à inflação; para milhões de famílias beneficiadas pelo programas Luz para Todos e Minha Casa, Minha Vida; e para todos os pacientes atendidos pelo programa Mais Médicos.
No entanto, nós erramos. O golpe de Temer e agregados foi possível também devido aos nossos erros. Em 13 anos, não promovemos a alfabetização política da população. Não organizamos as bases populares. Não valorizamos os meios de comunicação que apoiavam o governo nem tomamos iniciativas eficazes para democratizar a mídia. Não adotamos uma política econômica voltada para o mercado interno.
Nos momentos de dificuldades, convocamos os incendiários para apagar o fogo, ou seja, economistas neoliberais que pensam pela cabeça dos rentistas ou o mercado. Não fizemos nenhuma reforma estrutural, como a agrária, a tributária e a previdenciária. Hoje, somos vítimas da omissão quanto à reforma política.
Em que baú envergonhado guardamos os autores que ensinam a analisar a realidade pela óptica libertadora dos oprimidos? Onde estão os núcleos de base, as comunidades populares, o senso crítico na arte e na fé que tanto pregavamos?
Por que abandonamos as periferias; tratamos os movimentos sociais como menos importantes; e fechamos as escolas e os centros de formação de ativistas sociais?
Fomos contaminados pela direita. Aceitamos o elogio falso dos empresários; usufruímos de suas mordomias; fizemos do poder um trampolim para a ascensão social pessoal. Trocamos um projeto de Brasil por um projeto de poder. Ganhar eleições se tornou mais importante que promover mudanças através da mobilização dos movimentos sociais. Iludidos, acatamos uma concepção burguesa de Estado, como se ele não pudesse ser uma ferramenta em mãos das forças populares, e merecesse sempre ser aparelhado pela elite.
Agora chegou a fatura dos erros cometidos. Deixemos, porém, o pessimismo para dias melhores. É hora de fazer autocrítica na prática e organizar a esperança”.
Leonardo Boff é articulista do JB on line e autor de “De onde vem a universo, a vida etc” na ótica da nova cosmologia: Editora Mar de Ideias, Rio.
http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2016/12/11/e-possivel-o-pt-se-refazer-a-partir-das-bases/

Congresso Brasileiro provoca Supremo Tribunal Federal para Ter Vantagens

  • Quanto o Supremo perdeu em respeitabilidade é imensurável, até por incluir o que lhe será debitado em casos gritantes de abuso de poder. Calheiros só ganhou 
  • Renan cria inquietações para permutá-las por conveniências suas

por Janio de Freitas, na Jornal Folha, para blog Contexto - Sociedade e Disputa Louca de Poder no Brasil
O embate entre Supremo e Senado não está encerrado. Vai até ganhar, em breve, novos ingredientes ácidos. De imediato, arma-se uma etapa adicional da divergência que as duas partes, e muitos mais, pensaram encerrada com ganhos espúrios de ambas. O desacato de Renan Calheiros a uma decisão emitida em nome do Supremo ainda tem o que render. Mas, subjacente aos fatos visíveis, a fermentação é ainda mais ativa e tóxica.

É mesmo problemática a assimilação de um desenlace por meio de acordo entre o Supremo e políticos, à maneira dos conchavos parlamentares recebidos pela opinião pública, tantos deles, com repugnância. Réu em processo de peculato pode ser presidente da República? Collor, em um mergulho na sensatez, responderia que não. E presidente do Supremo, cume do Poder Judiciário, poderia ser réu de peculato? Mesmo os saqueadores da Petrobras responderiam com o óbvio. E presidente do Congresso e do Senado?

Ah, todo aquele que não queira repetir Calheiros, e desacatar decisão do Supremo, dirá que o cargo e réu de peculato são compatíveis. É o que seis ministros do Supremo, contra três, informam ao país.

O afastamento de Calheiros seria um fato sem arestas se, nada mais que isso, ele o acatasse e recorresse ao próprio Supremo. Seu desafio à lei e ao Judiciário exacerbou a tensão do país entregue a um governo obtuso e inconfiável. Nas circunstâncias, seria compreensível alguma concessão política para desatar o novo nó. Nunca, porém, concessão do Supremo. Seus ministros têm os encargos de guardiães da Constituição. E contra a Constituição nenhuma concessão é admissível. Esta mesma é a razão de ser do Supremo.

Mais extravagante é que a concessão transportava vantagens para Calheiros e para o Judiciário. A presidente do Supremo, Cármen Lúcia, já expôs sua repulsa ao projeto, criado por Calheiros e por ele posto na iminência de votação, contra abuso de autoridade. O grupo da Lava Jato e várias associações de juízes repelem o projeto. A omissão do Supremo, na aplicação das exigências convencionais para o cargo de presidente do Congresso e do Senado, levou ao pronto recolhimento do projeto por Calheiros. O seu método de ação é, desde sempre, o de criar inquietações para permutá-las por conveniências suas.

Sabe-se de alguns participantes de conversas com um lado ou com outro, mas não se sabe como as coisas se passaram. Apenas coincidência de generosidade mútua não é crível. Quando Cármen Lúcia subverteu a ordem dos votantes no Supremo, para que o decano Celso de Mello lançasse uma tese, ficou evidente a existência de uma combinação entre ministros. A favor de Calheiros, como o decano logo confirmaria.

Há, porém, um outro indício. Mais valioso porque sugere que o então destituído presidente do Congresso sabia o que o Supremo lhe reservava. Com o sigilo possível e em paralelo à sessão do Supremo, o líder do DEM, Ronaldo Caiado, apresentou um requerimento no Senado subscrito por vários senadores. Ato requerido: retirada de pauta do projeto contra abuso de autoridade. Efeito esperável: uma iniciativa do DEM desvincularia a retirada do projeto e a já falada existência de um acordo para vantagem mútua.

Mútua, mas não equilibrada. Quanto o Supremo perdeu em respeitabilidade é imensurável, até por incluir o que lhe será debitado em casos gritantes de abuso de poder. Calheiros só ganhou. O Senado em breve terá pela frente as associações de magistrados, que já reclamam –com razão– de perdas que as "reformas" de Temer querem impor, inclusive, aos juízes. E ainda há a ameaça extra: a fúria de Gilmar Mendes, que, ao voltar do "tour" sueco, não verá no Senado o projeto do qual é inspirador e patrono.