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7.04.2016

Povos Indígenas em Movimento no Brasil

  • Palmas será a próxima aldeia grande onde todos irão debater seus projetos de bem viver, denunciar a violência e ameaças que pesam sobre suas aldeias e cabeças
Por Egon Dionísio Heck para Adital - Sociedade e Povos Indígenas (fonte no final)
A lua dá seu espetáculo, cheia de graça e esplendor, despertando da cama da noite para se projetar sobre a aldeia global. Palmas para ela. É véspera de um grande momento para os povos originários indígenas de Goiás e Tocantins. Centenas deles estão juntando seus quase nada e recheando suas mochilas e corações de esperança, ousadia e sabedoria. Palmas será a próxima aldeia grande onde todos irão debater seus projetos de bem viver, denunciar a violência e ameaças que pesam sobre suas aldeias e cabeças.
Neste início de semana mais de 500 lideranças dos 10 povos que vivem e lutam nessa região estarão chegando à grande aldeia de Palmas. Ali se encontrarão com outros parentes e aliados dos movimentos sociais e indigenista para um amplo debate, mobilizações e elaboração de estratégias comuns para o enfrentamento neste momento de profunda crise por que passa o país.
Apreensão e revolta
Eles vêm imbuídos e tomados por um sentimento de profunda revolta e comoção pelo massacre de parentes seus em Caarapó, no Mato Grosso do Sul. Ali fazendeiros e pistoleiros mataram e feriram parentes Kaiowá Guarani, na violência genocida, que eles vêm sofrendo. Já enviaram sua mensagem de solidariedade e vão conversar na Assembleia para ver como vão ajudar os Kaiowá Guarani na recuperação de suas terras.
No longo e promissor processo de preparação da Assembleia também foram identificando os grandes desafios e violência por que estão passando os povos originários nessa região
No início de dezembro de 2015 uma delegação dos povos indígenas desta região esteve em Brasília denunciando violação de seus direitos, exigindo providências imediatas.
O povo Xerente, estão sofrendo a intoxicação do veneno lançado de um avião atingindo as três aldeia da divisa porque terra ela menor.Além disso fazendeiros agricultores invadindo a Terra demarcada a metade da terra esta desmatado.
O povo Kanela do Tocantins, queremos a demarcação da Terra o quanto, ela e importante para o nosso povo precisamos a demarcação da Terra nos sofremos sem ela não tenha a onde sobrevivermos não cultivamos nada para si alimentarmos.
Karajá Xambioá, a nossa terra ela esta sendo agredida esta sendo explorado pelos fazendeiros e madeireiras e estão comprando as nossas terras.
Estamos sofrendo grande com a falta da demarcação da nossa terra queremos a nossa terra.
O povo Xerente, está sofrendo a intoxicação do veneno lançado de um avião aéreo motor e atingindo as três aldeias da divisa porque terra ela menor, além disso, fazendeiros agricultores invadindo a Terra demarcada a metade da terra esta desmatado.
O povo Kanela do Tocantins, queremos a demarcação da Terra o quanto ela e importante para o nosso povo precisamos a demarcação da Terra nos sofremos sem ela não tenha a onde sobrevivermos não cultivamos nada para si alimentarmos.
Karajá Xambioá, a nossa terra ela esta sendo agredida esta sendo explorada pelos fazendeiros e madeireiras e estão comprando as nossas terras.
Estamos sofrendo grande com a falta da demarcação da nossa terra queremos a nossa terra.
Não aceitamos o projeto MATOPIBA, porque ele é a morte da natureza e dos nossos povos.
A revoada de lideranças dos povos indígenas da região para a aldeia Palmas traz um alento à luta pelos seus direitos, amplia a união, solidariedade e alianças.
Para Antonio Apinajé, que já está no espaço da Assembleia para receber seus parentes, ressaltou "A Assembleia é um espaço de mobilização e debate dos nossos problemas. As autoridades tem que dar uma resposta. O silêncio neste momento é suspeito”.
*Fotos Cimi GOTO e Egon

Egon Dionísio Heck

Assessor do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) no Mato Grosso do Sul

http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=89136