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8.10.2014

Gostos e sabores de uma feliz recordação familiar.

Divagações em forma de crônica do imaginário.

por Mazinho



Família formada a 34 anos, em que 2 jovens idealistas sonharam, como muitos da classe média alta brasileira, em deixar a individualidade para trás, e seguir cada um com o seu jeitinho apaixonado de ser, a moça e o moço. Cada qual com suas ideias e maneiras. Algumas ótimas, outras nem tanto, mas 2 individualidades próprias. Uma masculina e outra feminina.
Com o passar do tempo, parecido com um diamante bruto, que se lapidando, e fica mais fácil de ser apreciado pelas pessoas ao seu redor. Bem devagarinho as coisas foram mudando. Umas para melhor, outras para pior, cada qual do seu jeito.
O sonho do namoro ligeirinho foi ficando para trás, o noivado para cumprir o ritual familiar também teve. E assim, chegaram ao casamento. Simples, de cidade pequenininha, com as famílias dos noivos na expectativa de mais um casório, e torcendo pra que tudo desse certo.
Foi o que aconteceu. Bem rapidinho, já que os noivos moravam distantes um do outro, uns 300 quilômetros. Lá pela década de 80, tudo era mais difícil que hoje. Mas deixa o saudosismo para ser escrito em outro hora.
Em um salto próximo a 30 anos no tempo, do jeito como as coisas andam nesta vida atribulada, esta união do feminino e masculino deu certo. Se pode brincar que foi um femilino, igual a feminino+masculino=femilino.
Com este mundo moderno, algumas vezes, isso se torna quase impossível, onde vamos parar. Chega de sair do assunto...
Aqui o papo é femilino e pronto.
E, neste rítmo, para os dois jovens, a vida seguiu a 2, que, dando um salto no tempo de 14 anos, tinham sob sua responsabilidade o filho mais velho de 13 anos, o menino do meio com 11 anos e uma meninha de 3 anos. Uma família de 5 pessoas.
E a vida foi seguindo, cada um do seu jeito foi se virando, indo e vindo...
Trabalhando em uma grande empresa estatal, o pai conseguiu juntar um patrimônio razoável, pois era um tanto quanto, vamos dizer, casquinha.
A mãe decidindo o que era melhor para cada filho, ajudou-os a enfrentarem o dia-a-dia. E assim, de ano em ano passando, tendo já se ido uns 34 aninhos, como se diz, talvez bem vividos, quem sabe, só o futuro dirá ...
Depois de todo este tempo, com um mundaréu de quinquilharias e coisinhas acumuladas, esta turma está se reorganizando. Como?
Querem até promover um brechó familiar, isto mesmo, essas coisas que organizam, dizem que é bem moderno fazer isto.
Se pega aquilo que está bom, funcionando, ou se arruma para voltar a funcionar, se organiza em um espaço, para outras pessoas poderem ver ou se interessar.
Se gostarem, compram por um preço razoável. Se não gostarem, deixam lá mesmo. Outro jeito de se livrar de tudo o que não se precisa, é doar para quem não pode ter e quer. Pelo menos se consegue fazer algo de bom, mesmo que alguns em sua isoladissima individualidade, jamais aceitarão.
E assim a vida segue, para aquela turma que começou uma nova vida a 34 anos, e hoje, estão mirando o futuro para mais uns, quem sabe, tempinho de vida, se a natureza assim o permitir...
Ah, antes que se esqueça, as melhores coisas, aquelas do emocional, que estão no consciente ou in-consciente não ficarão expostas naquele espaço que foi comentado antes, o brechó. 
Bem rapidinho, era isso que se divagou e imaginou por ora, nesta sopa de letrinha em preto e branco.