Páginas

6.30.2021

Hora de iniciar o Resgate de um povo devastado

Enfrentamento e alegria dos protestos de 19/junho chocaram-se com morte e devastação espalhadas pelo fascismo, surgido de uma multiplicidade de ataques a frágil democracia brasileira. Agora, é preciso a volta da energia das ruas para a reconstrução do país em novas bases. Outras Palavras inicia diálogos estruturais sobre essa tema neste grave momento, que nos fazem rever conceitos e traumas deixados por um turbilhão de ataques a sociedade, que provoca uma gigante crise sutil, camuflada em que as elites conseguem tornar invisível aos olhares do povo de nosso país

por Antonio Martins em OutrasPalavras – Sociedade e Superação da Destruição pós-Golpe 2016

Sob o impulso das novas manifestações contra o bolsonarismo, que reuniram centenas de milhares de pessoas em 19 de junho de 2021, Outras Palavras abriu na semana seguinte nova iniciativa editorial e política. Chama-se Resgate (ver vídeo abaixo). Visa suscitar, no cenário político complexo que o Brasil atravessa, a reconstrução de um horizonte político de mudanças estruturais.

O projeto Resgate, que lança uma contra-reforma ao neo-liberalismo brasileiro, prevê 16 eixos temáticos de propostas e debates, sugerindo o enfrentamento através de curto-prazo que atacará as principais mazelas quanto á saúde, desemprego, fome que aflige principalmente as crianças, jovens e idosos,  além de outos males que no momento trazem grande sofrimento a população brasileira invisível e pobre.

Posteriormente se buscará no médio prazo a transformação do foco no agronegócio em agroecologia, industrialização com base nas reais necessidades de nosso país, a questão da economia popular  e assim por diante. O terceiro foco será a longo prazo, no resgate da pesquisa científica, expansão da malha ferroviária, recuperação dos portos , entre outros pontos principais da infra-estrutura brasileira.

Começa com quatro entrevistas que estimulam e provocam o início dessa caminhada. Em 22/junho, a cientista política Sônia Fleury relembrou a construção do SUS (da qual fez parte) e a importância de lançar, mesmo em tempos difíceis, o que transforma e des-mercantiliza as relações sociais. Em 23/junho, o economista Eduardo Fagnani tratou de um possível Estado de Bem-estar Social Brasileiro no século 21. Na mesma data (23/06), o analista político Artur Araújo examinou em detalhes o caminho que nos separa de 2022, seus desafios e armadilhas. Finalmente em 24/junho, o sociólogo Tiraju D’Andrea apresentou seus estudos sobre os novos sujeitos sociais das periferias, a impotência do discurso tradicional de esquerda diante deles e a necessidade de dialogar com as comunidades em novos termos.

O Resgate parte de dois pontos de vista essenciais. É possível derrotar o fascismo; mais o day after não pode ser a mera volta ao “velho normal” – porque foi ele que nos projetou no caos. Às vésperas de completar 200 anos, o Brasil vive sua crise mais dramática e profunda. As 500 mil mortes da pandemia são a face aparente e mais funesta, mas não a única. A economia vive a fase mais aguda de uma reprimarização que se arrasta há quatro décadas. A participação brasileira no PIB mundial, que chegou a 4,4% em 1980, despencou para 2,5%. O país voltou ao mapa da fome da ONU e está, mais uma vez, entre os dez mais desiguais do mundo, em distribuição de renda. O aumento da miséria escancara-se nas ruas coalhadas de famílias sem teto ou abrigo. E o desastre de hoje agrava o de amanhã. Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, divulgada hoje (21/6), 47% dos jovens entre 15 e 29 anos, de todas as classes sociais, deixariam o país, se tivessem condições de fazê-lo. Afirmam já não suportar o desaproveitamento de suas capacidades, a tacanhez e negligência dos que têm poder, o apagamento das esperanças.

A novidade é que, após este longo pesadelo, tornou-se possível despertar. Num movimento ainda pouco examinado e compreendido no país, uma das pilastras do projeto que produz nossa ruína está desabando. O neoliberalismo fiscal – ou seja, a ideia de que as sociedades e Estados precisam curvar-se aos desígnios dos mercados financeiros e, assim como as famílias, “só gastar aquilo que arrecadam” – já não se sustenta. O declínio deste tabu é uma história longa e fascinante, mas terá de ser narrado em outro momento. Mas as consequências práticas da queda são reais e impressionantes. Os Estados Unidos estão lançando, há seis meses, uma série de programas trilionários para salvar as famílias atingidas pela pandemia, reconstruir sua infraestrutura em bases limpas e renováveis, resgatar os estados e municípios afundados em dívidas, oferecer cuidados gratuitos às crianças e idosos. Ao fazê-lo – ou seja, ao colocar as necessidades sociais à frente dos interesses dos rentistas – eles apenas repetem o passo dado muito antes por um conjunto de países asiáticos, a começar pela China. Os conceitos que hoje dominam o debate econômico brasileiro – “austeridade”, “ajuste fiscal”, “cortes de gastos” tornaram-se anacronismos esdrúxulos. O slogan-símbolo do neoliberalismo, cunhado por Margaret Thatcher, – “não há alternativas” – faz agora parte do passado.

Mas o Brasil ainda vagueia num vastíssimo deserto de falta de horizontes e de imaginação política. As causas desta secura também serão tratadas em outro momento. O importante é saber que ela pode passar. O Resgate propõe-se a contribuir com isso. Ao longo dos próximos doze meses, Outras Palavras abrirá diálogos sobre 16 ideias-forças para mudar o país. O primeiro roteiro do percurso, que ainda está em construção, pode ser visto em breve.

Não se trata de um programa, algo mais típico de partidos políticos. São visões dos pilares que podem permitir a construção de um novo país. Cada um deles relaciona-se, simultaneamente, com dois movimentos: a) correspondem as necessidades óbvias das maiorias; b) desafiarão, caso implementados, as estruturas que submetem o Brasil à desigualdade colonial, à mercantilização da vida e à ditadura financeira.

A partir deste roteiro, Outras Palavras debaterá, ao longo dos próximos 12 meses, um feixe de ideias perigosas. E se o país constituísse uma rede de serviços de excelência, de maneira que a melhor escola e o melhor rede de assistência à saúde fosse a pública? E se iniciássemos

uma Virada Socioambiental, que limpasse nossa matriz energética (a fonte solar tornou-se há pouco a mais barata) e restabelecesse uma rede de ferrovias? E se lançássemos um grande programa de transformação das metrópoles, com a construção de metrôs, a reurbanização das periferias e áreas centrais degradadas, a priorização dos equipamentos públicos em relação à cidade com cercas? E se abríssemos um processo de transição do modelo agrícola baseado no agronegócio para a Agroecologia? E se reconstruíssemos a indústria nacional, partindo do atendimento às necessidades (Saúde, Educação, Transportes, Comunicações) criadas pela garantia de serviços públicos de excelência? E se oferecêssemos, para atingir todos estes objetivos, empregos dignos a todos os que o desejassem? E se…

A construção de um novo horizonte político tornou-se possível, com a crise do neoliberalismo fiscal. Nada será fácil, num país devastado. Mas caiu o muro que impedia pensar a transformação. Esta queda abre dois novos sentidos ao período decisivo que se estenderá até 2022. Aos milhões de brasileiros que desejam derrotar o fascismo, abre-se um caminho para participação política intensa, para que as eleições não se reduzam a depositar um voto em urna (eletrônica). Reconstruir o país exige mobilizar a inteligência e capacidade de formulação e debate coletivos, ultrapassando em muito os limites estritos das estruturas partidárias. Mas exige, ao mesmo tempo, repolitizar as eleições. Ao contrário do que querem os fascistas, elas deixam de ser uma mera disputa de dois grupos pelo poder; um confronto em que não há futuro coletivo em debate, em que os programas se assemelham e em que, portanto, valem todos os golpes, as mentiras e as baixezas. Torna-se possível mostrar às maiorias que há uma ideia de país a ser reconstruído; há caminhos reais para fazê-lo; e há aqueles que desejam bloquear este caminho.

Num país entristecido e apequenado há anos, as manifestações em 19 de junho de 2021 foram um sinal de possível revivência de uma frágil democracia no caminho da morbidade. Elas mostraram que centenas de milhares de brasileiras e brasileiros não se renderam à morte e à devastação nacional. O Resgate é um convite à mobilização da inteligência desta maioria.

Publicado em Outras Palavras: 21/06/2021

Fonte: https://outraspalavras.net/crise-brasileira/hora-de-iniciar-oresgate/

 

 

6.28.2021

Como o Brasil poderá diminuir os malefícios e aproveitar os benefícios do novo ciclo de commodities

Evitar que os ganhos do novo ciclo de commodities fiquem restritos majoritariamente ao setor do agronegócio em detrimento aos demais setores econômicos e a população, além de acarretarem, novamente, aumento da re-primarização da economia brasileira...

O que se vê no Brasil é mais uma vez omissão e descaso com a população brasileira. E o pior é que a tendência é o agravamento dessa situação com a retomada das economias centrais. Vamos entender isso...

por Bruna Belasques, Bruno Castro Dias da Fonseca, Gabriel Santos Carneiro, Naomi Takada e Giorgio Romano* Observatório de Política Externa Brasileira – Sociedade e economia para todos as brasileiras(os)

Demanda por soja aumentou consideravelmente nos últimos 12 meses, de modo que seu preço duplicou - Silvio Avila / AFP . Maior procura por commodities por EUA e China impacta os países sul-americanos

A melhor estratégia a ser adotada pelo Brasil para enfrentar o novo ciclo de commodities vai ser aquela capaz de mitigar os malefícios e aproveitar ao máximo os benefícios, transformando os ganhos de curto prazo em projetos de desenvolvimento de longo prazo.

É necessário examinar o passado recente para evitar que o novo ciclo seja apenas mais um voo de galinha.

Não bastasse o preço do gás e da gasolina, explodiu também o das carnes e de outros produtos básicos para o consumidor brasileiro.

Curiosamente, o Brasil não depende de importação desses produtos, mas a lógica do mercado livre subordina seus valores à demanda externa e à cotação do dólar, embora os itens sejam produzidos e consumidos em reais.

Na Argentina, o governo tentou garantir o abastecimento interno das carnes restringindo sua exportação. Com isso, espera-se também estancar o aumento dos preços.

Há outras formas de atuar, como impostos sobre exportação ou o uso inteligente e planejado de estoques reguladores, como a China fez em grande escala.

O que vemos no Brasil é mais uma vez omissão e descaso com o povo brasileiro. E o pior é que a tendência é o agravamento dessa situação com a retomada das economias centrais. Vamos entender isso.

Um novo superciclo de commodities no horizonte brasileiro?

Conforme a pandemia passou a ser controlada em alguns países, os governos dessas nações começaram a agir a fim de retomar o crescimento econômico.

Nos Estados Unidos, debate-se neste momento dois projetos audaciosos: um plano voltado à infraestrutura e ao setor produtivo, o qual, se aprovado, deve destinar cerca de US$ 2 trilhões, e outro plano voltado para a área da educação, que totaliza US$ 1,8 trilhão.

Na China, em março, o governo aprovou o 14º Plano Quinquenal do país.

Este estabelece metas para o investimento em desenvolvimento tecnológico e política industrial, além de demonstrar preocupação com o crescimento doméstico e com a intenção de estabelecer melhorias na vida da população. Ambos os planos trazem também a intenção de transição para uma economia mais verde.

Os planos de investimento produtivo mencionados acima, associados às elevadas taxas de vacinação contra covid-19 em países como EUA, Reino Unido, Alemanha e França, ajudam a mitigar a incerteza e estimulam o crescimento.

Assim, o crescimento da demanda, que tinha sido reprimida nos primeiros trimestres de 2020, estimula também uma maior procura por commodities, o que impacta os países sul-americanos.

No caso brasileiro, o Ibovespa (principal índice do mercado acionário do país) acumula crescimento positivo em 2021 devido ao setor de commodities, e são as empresas do setor mineral que apresentam as maiores altas.

Entre elas, pode-se citar a Vale, a CSN e a Gerdau. A demanda por soja também aumentou consideravelmente nos últimos 12 meses, de modo que seu preço duplicou. A desvalorização do real em relação ao dólar também privilegia as exportações.

Cabe, por fim, pontuar alguns aspectos nessa seção. Não é possível prever se este será um novo “superciclo” ou um “miniciclo”, embora seja provável que, se bem sucedidos, o Plano Quinquenal chinês, o Plano Biden e investimentos públicos similares na Europa elevem a demanda de commodities nos países da América Latina e também do continente africano.

Como estes planos preveem a transição para uma economia mais verde, é possível que o caráter das commodities demandadas sofra mudanças gradativas no médio prazo.

O ciclo de commodities de 2003-2013: do início glorioso ao fim melancólico

O fenômeno em questão não é desconhecido. No início do século, com a aceleração do processo de crescimento econômico de países emergentes com grande potencial de consumo, como na China e na Índia, a economia global passou por um período de boom de commodities.

Entre 2003 e 2013, observou-se um crescimento da demanda e um consequente aumento substancial nos preços das, principalmente de combustíveis, metais e produtos agrícolas.

Os países exportadores desses produtos, em particular o Brasil, alcançaram expressivos superávits na balança comercial ao longo do período ressaltado.

A alta cotação das matérias-primas e o aumento das exportações culminaram em um processo de sobreapreciação do real brasileiro.

Conforme ilustram dados do Banco Central, no período de 10 anos, entre março de 2003 e março de 2013, a cotação do dólar caiu de R$3,47 para R$1,95 devido à valorização.

Essa sobreapreciação impactou diretamente a indústria nacional de forma negativa, reduzindo a sua competitividade, tanto no mercado interno quanto externo.

Por um lado, os brasileiros encontravam facilidade em trocar os produtos industriais nacionais por produtos industriais estrangeiros importados e, por outro, com a sobrevalorização do real, os produtos nacionais perderam poder de competição no cenário internacional.

O resultado desta perda de competitividade foi o retrocesso do setor industrial nacional e uma consequente queda da participação da indústria no produto e no emprego.

Dados do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp ilustram bem as consequências do boom e da sobrevalorização cambial.

As importações se expandiram de forma expressiva – passando de 12,5% em 2003 para 25,2% em 2013, enquanto, entre 2000 e 2014, a exportação de produtos não industriais aumentou de 16,9% para 39,4%.

Nesse mesmo período, os produtos industriais e de alta tecnologia perderam participação na pauta exportadora brasileira, variando de 11,2%, em 2000, para 4,0%, em 2014. Os de média-alta tecnologia caíram de 25,2% para 16,5%.

Consequentemente, essas mudanças aceleraram a desindustrialização e levaram a um processo de reprimarização da economia brasileira, caracterizado pela consolidação do setor agroexportador como principal propulsor na geração de divisas.

Impactos do novo boom das commodities

Com a expansão da demanda internacional decorrente da recuperação econômica dos países, a economia doméstica sofre pressão crescente por desabastecimento dos bens exportados.

É o caso de produtos como a soja, abundantemente utilizada na produção da carne, como alimento do gado. Tanto ela quanto a própria carne, assim como outros produtos, a exemplo dos combustíveis, estão sendo mais demandadas no mercado internacional neste início do novo ciclo de commodities, o que suscita aumento de seus preços na economia doméstica.

À medida em que a maior parte da produção nacional é voltada à exportação e, assim, o fornecimento doméstico se reduz frente à demanda nacional, culminando no aumento dos preços.

Embora a expectativa internacional acerca do acirramento do novo boom dos commodities aponte para os próximos meses, essa dinâmica de elevação dos preços nacionais por conta da demanda internacional já se manifesta no Brasil desde o final do ano de 2020, com o aumento do preço da gasolina, da carne e da inflação no geral.

Neste sentido, na medida em que este novo ciclo de exportações se intensifica, acentua-se também sua repercussão sobre os preços do mercado nacional, indicando a necessidade de o governo de atuar com políticas econômicas para lidar com essa dinâmica.

O Banco Central (BC), em suas atas do Comitê de Política Monetária (Copom) dos meses de março e maio, utilizou a intensificação da demanda internacional por commodities como uma das justificativas para os aumentos de juros de 0,75%, em ambas as reuniões.

Assim, com o aumento dos juros, espera-se uma valorização do câmbio, o que encareceria então os produtos brasileiros no mercado internacional, pressionando pela redução da demanda internacional e, portanto, diminuindo o espraiamento dos preços sobre a economia doméstica.

Lições a aprender com o novo ciclo de commodities brasileiras

A melhor estratégia a ser adotada pelo Brasil para enfrentar o novo ciclo de commodities vai ser aquela capaz de mitigar os malefícios e aproveitar ao máximo os benefícios, transformando os ganhos de curto prazo em projetos de desenvolvimento de longo prazo.

Em termos de curto prazo, o desafio de lidar com a elevação dos preços nacionais da carne, de combustíveis e de produtos cuja cadeia produtiva envolve a soja é um dos primeiros que se impõe.

Como forma de evitar uma redução da oferta no mercado doméstico destes produtos, pode-se adotar várias medidas, como um esquema tarifário sobre as exportações que equilibraria os ganhos de se vender no mercado nacional e internacional e/ou o uso de estoques regulatórios.

Este artifício tarifário também poderia ser útil para se enfrentar um segundo problema esperado no médio e longo prazos: a acentuação do processo de reprimarização da economia brasileira.

Ao aumentar o valor do custo de exportação, o imposto evitaria uma sobreapreciação da moeda que derrubaria a competitividade dos setores industriais nacionais.

Além disso, os ganhos auferidos pela taxação poderiam inclusive ser canalizados para projetos de investimento de longo prazo (por meio da criação de um fundo soberano, por exemplo) capazes de estimular a transformação da matriz econômica brasileira em direção a atividades mais complexas, de maior produtividade e intensivas em tecnologia. 

Evitando, dessa forma, que os ganhos do ciclo de commodities fiquem restritos majoritariamente ao setor do agronegócio e acarretem, novamente, aumento da reprimarização da economia brasileira.

Cedo ou tarde a economia brasileira deve recuperar-se da recessão e entrar em nova fase de aceleração, beneficiando-se da onda global de retomada econômica.

Cabe aos formuladores de políticas econômicas aprenderem com as lições do passado e estarem prontos para evitar que o novo ciclo de commodities seja apenas mais um voo de galinha.

E, no curto prazo, é obrigação do governo evitar que ao trabalhador sejam negados preços acessíveis daquilo que é produzido internamente.

*Os autores agradecem a colaboração do Prof. Giorgio Romano Schutte na elaboração do artigo.

**O OPEB (Observatório de Política Externa Brasileira) é um núcleo de professores e estudantes de Relações Internacionais da UFABC que analisa de forma crítica a nova inserção internacional brasileira, a partir de 2019.

Edição: Vivian Virissimo

Publicado no Brasil de Fato: 24/mai/2021

Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2021/05/28/entenda-os-desafios-do-brasil-diante-do-novo-ciclo-de-commodities