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11.10.2016

Será que a decadência da América vai continuar, em ritmo ainda mais acelerado?

  • A mesma eleição gringa (EUA) que trouxe Trump revelou também Bernie Sanders como um arauto (otimista) da esperança.

Democracia de araque ficará ainda mais desmoralizada, num mundo cada vez mais incerto", explica Fuser - Créditos: Andris BovoDemocracia de araque ficará ainda mais desmoralizada, num mundo cada vez mais incerto", explica Fuser / Andris Bovo
O imperialismo nu, descarado, sem disfarces. Um presidente racista, que prometeu construir um muro na fronteira com o México e ainda mandar a conta para os mexicanos pagarem: Trump. Um presidente que incluiu entre suas promessas de campanha a proibição do ingresso de muçulmanos nos EUA. Demagogo, oportunista, machista, homofóbico, o homem da peruca laranja usou o mesmo discurso fascistóide dos coxinhas brasileiros, que saíram às ruas atrás do pato da Fiesp (não por acaso, o Movimento Brasil Livre juntou 20 gatos pingados na Paulista em um bizarro ato pró-Trump). Manipulou em seu favor todo o tipo de preconceito, ignorância, egoísmo, fanatismo religioso, e o ultra-liberalismo tosco dos que demonizam o Estado na crença de um "livre-mercado" genocida. Quem viu a eleição de prefeito, eleito João Dória em São Paulo, agora em 2016, não se surpreende….
A candidata dos 1%, dos ricaços de Wall Street, dos guerreiros de sofá que financiam a direita golpista na Venezuela e agora ameaçam a Rússia porque se recusa a rezar pela cartilha da Casa Branca, do lado oposto, a opção Hillary não era muito melhor – . Enfim, uma tucana carnívora derrotada por uma mistura de Bolsonaro e Silvio Santos.
Agora, é claro, Trump vai se recompor com o "esquemão" que ele até ontem desafiava. Talvez isso segure a derrocada na bolsas por algum tempo. Mas nada vai ficar igual. Logo o povo da Gringolândia vai perceber que elegeu um impostor: Os empregos perdidos não vão voltar, as famílias (milhões delas) desesperadas porque não conseguem pagar as dívidas para custear as universidades caríssimas dos seus filhos não terão alívio, os pobres continuarão a ser despejados das suas casas, e Trump vai jogar no lixo, rapidinho, todas as suas promessas de reverter a globalização devoradora de empregos.
Mas, os otimistas arautos também sabem falar: tempos duros pela frente, mas a gente é capaz, sim, de aguentar esse tranco. A extrema-direita grita, faz caretas, e até consegue ganhar eleições. Mas seu projeto é raso, inconsistente, inviável. Não tem resposta para a crise do capitalismo, nem, muito menos, para as angústias da humanidade que os fascistas têm conseguido, até agora, manipular em seu proveito.
Lutas maiores virão, e o projeto da esquerda, anti-capitalista, emancipador, solidário, inclusivo, ecológico, democrático, humanista e socialista se afirmará, antes cedo do que tarde, como a única alternativa viável.
E os pessimistas dizem: ''A decadência da América vai continuar, em ritmo ainda mais acelerado, e a democracia de araque ficará ainda mais desmoralizada, num mundo cada vez mais incerto, tenso, angustiado, injusto e violento.''
O pior de tudo isso é que, em toda parte, os fascistas, os truculentos, os racistas, os babacas, os saudosistas de todas as ditaduras, os adoradores do deus Mercado, os escrotos de todos os tipos se sentirão ainda mais empoderados. Assanhados para nos agredir, como fizeram no sábado com a invasão policial à Escola Nacional Florestan Fernandes.
A mesma eleição gringa que trouxe Trump revelou também Bernie Sanders como um arauto da esperança, quem estiver vivo, será que verá?
Ainda bem que o comunismo e o socialismo é assunto de alguns somente, o pessoal está perdendo o mêdo.
A certeza é de que somos, sim, capazes de sobreviver, resistir e vencer, mesmo com o vento contra e remando correnteza acima.
https://www.brasildefato.com.br/2016/11/09/artigo-decadencia-da-america-vai-continuar-em-ritmo-ainda-mais-acelerado/

Poder no Brasil está Sendo Disputado por Elites

Após Golpe de 1964, Estado Autoritário Brasileiro Continua Vivo

  • Gilmar Mauro: “Mandado de prisão foi pretexto para invadir escola do MST”

  • Segundo o dirigente, dez viaturas da Polícia Civil se deslocaram para a instituição, à procura de uma única mulher, que não estava no local
por Miguel Martins, para revista Carta Capital- Sociedade e Estado Autoritário Brasileiro (Judiciário e Executivo) (fonte no final)
 Gilmar Mauro"Fiquei sensibilizado com o grande número de mensagens de apoio", diz Gilmar Mauro
Parecia uma cena de guerra. Agentes fortemente armados, com fuzis, escopetas e coletes balísticos, prontos para neutralizar o inimigo. As imagens, captadas por câmeras de um circuito interno de segurança, mostram o exato momento em que a Polícia Civil de São Paulo invadiu, na manhã desta sexta-feira 4.nov.2016, a Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, em Guararema, no interior de São Paulo. Em outros vídeos, gravados por celulares, policiais são flagrados efetuando disparos no chão.
Gilmar Mauro, da coordenação nacional do MST, estava no local no momento da chegada dos agentes. Segundo ele, dez viaturas da Polícia Civil chegaram à escola, sem a presença de um oficial de Justiça, para cumprir o mandato de prisão de uma mulher do Paraná. "Parece-me um mero pretexto para entrar aqui, sem autorização judicial. Estamos vivendo um Estado de exceção".
CartaCapital: O que aconteceu exatamente?Gilmar Mauro: Eles chegaram com um mandado de prisão, assinado por um juiz, contra uma mulher do Paraná. Mostraram o documento no celular. Pedimos ao menos uma cópia em papel, e eles entregaram. Mas não havia informação alguma. Era só o pedido de prisão dessa pessoa, do Paraná. Dissemos que ela não se encontrava no local, que aqui funciona uma escola. Eles decidiram entrar à força. Casualmente, eu estava aqui, para participar de um seminário.
CC: Houve disparos de arma de fogo?GM: Sim. Quando os policiais entraram, nosso pessoal se aproximou. Eles ficaram afobados, começaram a efetuar disparos no solo. Como tem muita pedra por aqui, a possibilidade de um estilhaço atingir alguém era significativa. Dá para ver os buracos no chão da escola. Recolhemos algumas cápsulas e projéteis. Criou-se um alvoroço muito grande. Aqui tem muita criança, há uma creche, a Ciranda Infantil, além de pessoas que estão fazendo curso aqui.
CC: Algum militante do MST foi detido?GM: Sim, dois. Um deles é um senhor que trabalha aqui como voluntário, inclusive ele tem problemas de saúde, e acabou com uma costela fraturada. Está no pronto-socorro nesse momento. A outra pessoa foi tentar argumentar com os policiais, dizer que ele é uma pessoa doente, sofre de mal de Parkinson, a acabou sendo detida também. Foram detidos por desacato, esse foi o argumento deles.
CC: A Polícia Civil do Paraná afirma que a operação foi deflagrada para desbaratar uma quadrilha, com integrantes do MST envolvidos.GM: Muito bem, então poderia ter vindo um oficial de Justiça, dois ou três policiais, coisa do tipo. Não foi o que ocorreu. Vieram para a escola mais de dez viaturas da Polícia Civil. Havia um plano de entrar nas dependências da escola, independentemente do mandado de prisão dessa pessoa, que nem se encontra aqui. Não tem nenhuma relação das prisões no Paraná com a Escola Nacional Florestan Fernandes. Parece-me um mero pretexto para entrar aqui, sem autorização judicial. Estamos vivendo um Estado de exceção.
CC: Por que o senhor chegou a esta conclusão? 
GM: Basta ver a violência, como estão sendo tratados os estudantes que ocupam escolas. Não se respeita os procedimentos legais, o amplo direito à defesa... O que ocorreu hoje aqui está ocorrendo no Brasil inteiro. É a implantação de um Estado de exceção, que busca criminalizar os movimentos sociais. Esse é o clima que a sociedade está vivendo e precisamos enfrentar. Apesar de tudo, fiquei sensibilizado com o grande número de mensagens de apoio de artistas e de personalidades públicas contra essa arbitrariedade.
 http://www.cartacapital.com.br/politica/gilmar-mauro-201cmandado-de-prisao-foi-pretexto-para-invadir-escola-do-mst201d

Eleições nos EUA, o que dizem políticos como Jean Wyllys, Requião e Bolsonaro e jornalista Kotcho após derrota de Hillary



por redação da revista Carta Capital em 09/11/2016  - Sociedade e Geopolítica  Global (fonte no final do texto)
  •   Políticos brasileiros se manifestam nas redes sociais sobre a eleição de Donald Trump para a presidência americana

  Foto Saul Loeb/AFP
Contrariando as previsões, o empresário venceu a eleição americana