Páginas

12.08.2016

Estado do Rio Grande do Sul Cria Portal Demográfico Popular

FEE lança ferramenta inédita que permite pesquisar sobre perfil demográfico do RS

da redação* do site Sul 21 - Sociedade e Informações Públicas Populares

Reprodução/FEE
Reprodução/FEE
O PopVis: Portal Demográfico da FEE permite que as pessoas visualizem de maneira interativa o perfil demográfico do Rio Grande do Sul. A tecnologia foi apresentada pela Fundação de Economia e Estatística nesta quarta-feira (07). A ferramenta funciona a partir do cruzamento de dados das estimativas populacionais produzidas pelo Núcleo de Demografia e Previdência do Centro de Indicadores Econômicos e Sociais da fundação e projeções do IBGE.
O PopVis foi desenvolvido pelos pesquisadores da FEE utilizando a ferramenta gratuita Shiny. De acordo com o estatístico Pedro Zuanazzi, o objetivo foi facilitar o acesso para qualquer pessoa. “O PopVis não é só uma interface bonita, mas vem para facilitar a análise para todos. Ele serve para um aluno de colégio, mas também para um pesquisador, para o gestor público e para as empresas que precisam se posicionar no mercado. O manuseio dos dados que não é fácil para uma pessoa comum fica muito mais simplificado para qualquer pessoa visualizar”, explica.
O PopVis pode ser acessado aqui: http://shiny.fee.tche.br/PopVis/
*Com informações da FEE
  • Brasil pode se tornar o Egito do próximo golpe, viver uma convulsão social e acordar numa ditadura militar
por Renato Rovai, para site 24/7 - Sociedade e Instabilidade Social Brasileira


Os últimos dias estão levando o Brasil para o território do imponderável e da falta total de seriedade com os destinos da democracia. E isso, infelizmente, pode levá-lo para um regime de força se a convulsão social, que já não parece tão distante, de fato vier a ocorrer.
Mas vamos por partes para tratar do assunto, porque ele não é nem o desejo e nem uma tentativa de profecia. Mas um receio que ganha força nas análises do blogueiro.

Em primeiro lugar, é preciso dizer que Renan Calheiros não merece o meu respeito.

Entre outros motivos, porque aceitou fazer parte do teatro que levou Dilma a perder o seu mandato de forma ilegítima.

Mas isso não me fará aceitar a tese de que uma decisão monocrática de um ministro do STF possa afastar um presidente do Senado assim numa penada.

Há de forma difusa um sentimento que tomou posse da burocracia judicial e que a fez crer que por ter o apoio da mídia, pode tudo.

O comportamento de promotores, procuradores e juízes em relação aos detentores de mandatos legislativos e executivos no Brasil inteiro beira à indecência. Vereadores e prefeitos têm sido detidos com algemas sem ter tido direito à defesa e nem tão pouco terem resistido à prisão.

Não há mais qualquer respeito do judiciário pela classe política.

O tratamento é de mocinhos contra bandidos. Do bem contra o mal. De xerifes à caça de desordeiros que foram votados pela população.

E a decisão de Marco Aurélio Melo só faz reforçar essa conduta.

A questão é que a crise econômica do país não vai se resolver com o suposto fim da corrupção. Até porque, em geral, nesses casos o que ocorre é a troca das moscas. O que atrai as moscas continua igual, com o mesmo cheiro e volume.

E se a convulsão social vier, provavelmente esses segmentos que hoje dão as cartas não vão conseguir controlar o jogo.

Nesses momentos em que a rua sangra, só um setor costuma assumir o controle em países onde as democracias não são tão consistentes.

No Egito, por exemplo, foram elas, as Forças Armadas. Aqui, elas certamente seriam convocadas pelas elites e por parte das ruas a botar ordem na casa.

Porque um golpe é assim. Ele não é. Ele vai sendo.

E vai se construindo a partir de uma chama que às vezes vai se propagando para um lado, mas que só precisa de um assoprão para se bandear para o outro.

Como a quebra institucional contra Dilma foi uma ação mandrake, sem justificativa legal para ampará-la, o resultado não poderia ser outro.

O Brasil entrou num caminho onde alguns passaram a se achar mais fortes do que outros. Onde qualquer coisa passou a poder ser feita em nome de uma certa ordem.

Essa certa ordem que, repita-se, não resolverá a vida do cidadão comum.

E é aí que o bicho pega.

O que virá é um ajuste ultra-neoliberal. Que vai levar o povo às ruas, mas não de forma organizada e nem com bandeiras que se complementam. E isso pode gerar confrontos de rua hoje inimagináveis.

Se isso vier a acontecer, podem ter certeza, não serão aos guris do judiciário que caberá os destinos do país.

Alguns podem até se tornar burocratas importantes, mas a maior parte vai ter de voltar pra casa com o rabinho entre as pernas.

Como alguns que se dizem intelectuais e que ficam fazendo análise no Facebook como se tudo que está acontecendo não passasse de um jogo de videogame.

O buraco é bem mais em cima.

Evidente que isso não é um destino e que ainda existem caminhos para escapar disso, mas cada dia parece mais difícil.
http://www.brasil247.com/pt/colunistas/renatorovai/269200/Brasil-pode-se-tornar-o-Egito-amanh%C3%A3-viver-uma-convuls%C3%A3o-social-e-acordar-numa-ditadura-militar.htm