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3.09.2017

O jeito CIA de fazer espionagem digital, segundo o Wikileaks

  • Uma das técnicas da CIA permite quebrar o sigilo do WhatsApp

do site Sul 21 - Sociedade e Espionagem da CIA na Web
É o vazamento mais relevante a respeito de espionagem digital desde aquele realizado por Edward Snowden, em 2013. O Wikileaks publicou num diretório de nome Vault 7, ontem, informações sobre programas que compõem o arsenal de ferramentas para hackers à disposição da CIA. São softwares e vírus que permitem interceptar mensagens, grampear conversas, vasculhar computadores, e que revelam fragilidades nunca documentadas em equipamentos que usamos todos os dias. Nem todos os programas foram desenvolvidos pela CIA — alguns vêm de outras agências de inteligência americanas ou de países aliados, além de empresas externas contratadas. As ferramentas circulavam com alguma liberalidade inclusive entre estes terceirizados a serviço da Agência Central de Inteligência. Foi um destes que reuniu o conjunto e o repassou para o Wikileaks. Por decisão de Julian Assange, que dirige a entidade, os códigos não foram tornados públicos. O que está à disposição, ao menos por enquanto, são os documentos escritos entre 2013 e 2016 que descrevem seu funcionamento.
Uma das técnicas da CIA permite quebrar o sigilo do WhatsApp. A agência não conseguiu romper a encriptação do app de mensagens. Trespassou, porém, a segurança tanto de iPhones quanto de Androids, o que permite interceptar textos e imagens antes do envio. Há 24 formas diferentes de violar a segurança de celulares Android na lista e 14 de iPhones. Indica que os aparelhos Apple são um quê mais seguros, embora igualmente quebráveis. Nenhum sistema operacional ficou de fora: há vulnerabilidades inéditas exploradas em várias versões do Windows, Mac OS, e até os mais profissionais, caso do Solaris, um Unix da Oracle popular em servidores da Internet. Está lá, até, um jeito de deixar o microfone das TVs inteligentes Samsung aberto mesmo quando o aparelho está desligado. Funciona como um sistema de escuta que grava tudo o que se passa no ambiente e envia pela internet para os agentes. Mas, neste caso, para implantar o vírus que permite este uso é preciso ter acesso físico à televisão. À distância, pela rede, não dá.
No pacote também estava uma coleção de memes. Parece que a turma da CIA curte.

Enquanto isso… Donald Trump passou duas horas da manhã de terça twittando ao vivo comentários sobre o que via no programa de TV Fox and Friends. Os âncoras estavam cientes da avalanche. E, em alguns momentos, pareceram até conversar.
http://www.sul21.com.br/jornal/o-jeito-cia-de-fazer-espionagem-digital-segundo-o-wikileaks/

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